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Algumas notas sobre o Compendium Grammatices Hebraeae de Baruch Spinoza
Em 1987 foi editada uma versão francesa do Compendium Grammatices Hebraeae do grande pensador de ascendência portuguesa Baruch Spinoza (1632-1677); essa tradução foi elaborada por Joël Askenázi e Jocelyne Askénazi-Gerson, também autores de uma introdução e notas explicativas; o prefácio é de Ferdinand Alquié '. Quer o prefácio quer a introdução oferecem um admirável ponto de partida para tecer algumas apropriadas considerações sobre este tratado de Spinoza, das quais nos serviremos no presente estudo. Em 1905 havia sido feita uma versão hebraica e em 1962 uma para inglês 2. A gramática, escrita a pedido de arnigos seus hebraisantes, devia servir para texto de ensino do «idioma santo». E pena que falte a parte relativa à sintaxe, da qual Spinoza fala várias vezes ao longo da gramática, e também um prefácio no qual
1 Abrégé de grammaire hébraïque. Introduction, traduction et notes par Joël Askénazi et Jocelyne Askénazi-Gerson. Préface de Ferdinand Alquié, professeur à Ia Sorhone. Paris, Librairie Philosophique J, Vrin, 1987. A gramática hebraica de Baruch Spinoza foi escrita em latim e incluída na parte final dos Opera posthuma, obra que incIui ainda a Ethica more geometrico denwnstrata, a Politica, o De emendatione ineIlectus e as Epistolae et ad eas responsiones; os Opera posthuma foram publicadas em Hamburgo, na tipografia de Henricus Künrath, ern 1677. Fernand Alquié é autor de alguns livros filosóficos, como Nostalgie de l'Etre, Paris, 1950; Spinoza (curso dado na Sorbona em 1953-1954, ainda inédito; L'Expérience, c. IV, Paris, 1958; Nature et Vérité dans ¡a Philosophie de Spinoza, Paris, 1958; Servitude et Liberté selon Spinoza, Paris, 1959. 2 A versão inglesa intitula-se Hebrew grammar (Compendium grammatices linguae hehraeae), Nova York, Philosophical Library, 1962.
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